Seios muito volumosos têm solução
Embora as brasileiras tenham se rendido à moda dos seios fartos e o implante das próteses de silicone seja rotineiro, algumas mulheres preferem ou desejam seguir o caminho inverso para se sentirem felizes com o próprio corpo – em vez de aumentarem o tamanho das mamas, querem diminuir seu volume. Muitas pacientes procuram pela cirurgia por uma questão de saúde, já que o excesso de peso das mamas pode causar dores nas costas e até mesmo graves problemas de coluna. Há, ainda, aquelas que sofrem desconforto provocado por assaduras na parte inferior do seio (na região da dobra e abaixo) e dores ou machucados constantes nos ombros por causa da alça do sutiã. Em casos mais acentuados de hipertrofia podem ocorrer alterações de sensibilidade dos membros superiores causadas pela pressão das alças do sutiã sobre a inervação braquial. A cirurgia reposiciona o mamilo e aréola e permite devolver à mama a forma, tamanho e firmeza normais. A quantidade de tecido mamário e pele em excesso é que vai determinar o tipo de incisão. Normalmente, após um ano, a cicatriz dificilmente é visível. A redução mamária é feita com anestesia geral e pode durar até 3 horas. O tempo de recuperação varia de um a dois meses.
Para muitas mulheres, a hipertrofia das mamas surge desde cedo, já na adolescência. O ideal é que esperar que a mama alcance seu tamanho definitivo para só então avaliar a necessidade de cirurgia. Aos 16 anos, por exemplo, muitas garotas ainda estão em fase de desenvolvimento físico. Quanto mais tarde ocorrer a menarca (primeira menstruação), mais tempo irá levar para finalizar as mudanças do corpo. No entanto, no caso das mamas muito grandes (gigantomastia), a cirurgia pode ser feita mesmo precocemente, aos 15 ou 16 anos.
De acordo com o médico Eduardo Consídera, existe uma grande preocupação quanto à cicatriz deixada pela operação. Ela dependerá da técnica usada pelo médico, do tipo de mama e da quantidade de tecido a ser retirado. É possível deixar cicatrizes bem discretas, mas a técnica empregada varia de caso para caso. Algumas vezes o seio pode voltar a crescer, isto é, conforme a mulher envelhece, uma parte da glândula é substituída pela gordura. Por isso, a mama tende a ficar mais flácida. A cirurgia de redução das mamas retira parte da glândula e, também, da gordura. A glândula não volta a crescer após seu período de desenvolvimento, mas a gordura pode se acumular na região.
Após a cirurgia, o movimento dos braços deve ser limitado, para evitar o comprometimento da cicatrização. As atividades físicas moderadas normalmente são liberadas dois meses depois da cirurgia. Será necessário que a paciente receba ajuda extra para realizar algumas tarefas que exijam levantar os braços, por exemplo. A paciente deverá ficar afastada de esforços por 30 dias, evitando elevar os braços nos primeiros 14 dias. Deve-se, também, usar um sutiã modelador, sem elástico, sem aros e sem renda, por aproximadamente um mês. A prática de esportes poderá ser retomada após dois meses.
Fonte: Dr. Eduardo Consídera